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Defesa de Tagliaferro denuncia parcialidade de Moraes e conflito de interesse no caso

A defesa de Carlos Tagliaferro, ex-assessor que denunciou a existência de um gabinete paralelo ilegal, acusou o ministro Alexandre de Moraes de agir com evidente parcialidade. O escritório Kuntz sustenta que o magistrado não pode conduzir o caso em que figura, ao mesmo tempo, como denunciado e julgador, violando princípios básicos de imparcialidade. Segundo a petição, Moraes atua como “terceiro interessado” ou “vítima”, situação que compromete toda a legitimidade do processo.

A Procuradoria-Geral da República acusa Tagliaferro de “tentativa de abolição do Estado Democrático”, tese considerada absurda pela defesa. Os advogados relatam uma “sucessão de graves irregularidades”, especialmente na apreensão de seu celular pela Polícia Civil de São Paulo, com “quebra flagrante” da cadeia de custódia.

Temendo retaliações, Tagliaferro deixou o Brasil após denunciar o esquema, reforçando o clima de perseguição e medo que cerca quem ousa expor abusos do poder. O caso evidencia o desequilíbrio de um sistema em que o próprio acusador se converte em juiz.

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