“Gostava de ter uma reunião [com Kim Jong-un]. Dei-me muito bem com ele”, disse Donald Trump à margem da reunião com o Presidente da Coreia do Sul, no Salão Oval da Casa Branca, onde recordou encontros que manteve com o líder da Coreia do Norte, entre 2018 e 2019.
O Presidente norte-americano disse ainda que os EUA estão confiantes e que podem “fazer alguma coisa em relação à Coreia do Norte e à Coreia do Sul”.
“Vamos melhorar as relações [diplomáticas entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul]”, acrescentou Donald Trump, sugerindo mesmo que poderá tentar organizar uma reunião entre os líderes de ambos os países.
Trump pediu a Lee Jae-myung que retomasse o diálogo com a capital da Coreia do Norte, Pyongyang, inaugurando uma “nova era de paz na península coreana”.
Depois de Pyongyang abandonar as negociações de desnuclearização com Washington, em 2019, devido às exigências de desarmamento dos EUA, o regime norte-coreano cortou todo o diálogo, abandonou o objetivo de unificação pacífica com a Coreia do Sul e ignorou os apelos para retomar as negociações com a Casa Branca.
O novo Presidente sul-coreano está em Washington à procura de um acordo sobre questões comerciais e sobre a estratégia a adotar em relação à Coreia do Norte.
Lee Jae-myung apresentou recentemente um plano de desnuclearização para a Coreia do Norte, que passa por persuadir Pyongyang a congelar, reduzir e, eventualmente, desmantelar o programa de armas nucleares.
O chefe de Estado sul-coreano, de centro-esquerda, que ocupou o cargo em junho deste ano, sucedeu ao conservador Yoon Suk-yeol, destituído em abril após ter tentado impor a lei marcial.
A Coreia do Sul vai acolher a próxima cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), no final de outubro, que poderá servir de plataforma para melhorar as relações entre as duas Coreias.
As conversações entre Trump e Lee deverão incidir mais amplamente sobre a aliança militar entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, onde estão estacionados 28.500 soldados norte-americanos.
Trump critica frequentemente os custos suportados pelos Estados Unidos para garantir a segurança dos aliados.
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