O tenente-coronel Mauro Cid, delator no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado, compartilhou detalhes de sua colaboração premiada com o advogado Eduardo Kuntz, que defende Marcelo Câmara, réu no mesmo processo. As conversas ocorreram por meio de um perfil oculto no Instagram e foram anexadas ao processo no Supremo Tribunal Federal, totalizando mais de 50 páginas. Especialistas apontam que o compartilhamento pode contrariar cláusulas de confidencialidade.
Diante do ocorrido, a defesa de Câmara pediu ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que anule o acordo de colaboração e desconsidere as provas dele decorrentes. Kuntz informou que Cid tomou a iniciativa do contato e registrou as mensagens como forma de proteção.
O material expõe o funcionamento da colaboração premiada e levanta discussões sobre os procedimentos adotados em casos que envolvem múltiplos acusados, reforçando a importância da transparência no andamento das investigações.
