A barganha política segue seu curso no governo, onde alianças se moldam conforme interesses pessoais. O deputado Eduardo Velloso (União-AC) retirou sua assinatura do pedido de impeachment de Lula logo após sua irmã, Luciana Borges de Velloso Viana, ser nomeada para um cargo bem remunerado na Embratur. Coincidência? Difícil acreditar. Com salário de R$ 18.938,63, Luciana agora integra um seleto grupo de indicados, evidenciando como o governo opera para minar a oposição e garantir fidelidade a qualquer custo.
Porém, a pressão popular e a repercussão negativa fizeram Velloso voltar atrás e reassinar o pedido de impeachment, apresentado pelo deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS). A denúncia, baseada em uma manobra financeira do governo, expõe mais um capítulo das já conhecidas irregularidades. Com o apoio de 130 parlamentares, o pedido ainda precisa de 342 votos para avançar, mas enfrenta o controle político que protege o Planalto de qualquer ameaça real.
A velha política segue seu curso, onde os interesses do país são colocados em segundo plano diante de negociatas e nomeações estratégicas. Enquanto isso, a oposição precisa lutar contra um sistema viciado que usa cargos e verbas como moeda de troca para silenciar vozes dissonantes. Se a estratégia dará certo ou não, o tempo dirá, mas a população já enxerga as movimentações que tentam mascarar a verdadeira face do poder.
