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Dino tenta intimidar Congresso em disputa por emendas

O ministro do STF, Flávio Dino, deu cinco dias úteis para que o Congresso se explique sobre declarações do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) a respeito de um suposto acordo envolvendo R$ 6,5 bilhões em emendas de comissão. Dino rejeitou o argumento de imunidade parlamentar apresentado por Sóstenes e afirmou que ela “não se estende a possíveis crimes contra o patrimônio público”.

Sóstenes relatou ao jornal O Globo que há um pacto com Hugo Motta, presidente da Câmara, para dividir os recursos: 30% para o partido que preside a comissão e 70% distribuídos pela Mesa Diretora. A declaração acendeu o alerta no Supremo, que tenta controlar os bastidores do Legislativo, ainda que sem base clara para interferir diretamente.

A pressão do STF chega justamente quando a pauta da anistia — que inclui manifestantes do 8 de janeiro, avança na Câmara. O episódio expõe o desconforto de ministros diante da autonomia parlamentar e revela a tentativa de frear, na canetada, qualquer movimentação que desafie o sistema.

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