O cenário da animação mundial passou por mudanças significativas nos últimos anos, especialmente para a Pixar, um dos estúdios mais renomados do setor. Após um período de incertezas e desafios, a empresa surpreendeu o público em 2024 com o lançamento de Divertida Mente 2, que se tornou um fenômeno de bilheteria e reafirmou a força da marca. No entanto, o lançamento de Elio em 2025 trouxe novas questões sobre o futuro da Pixar, especialmente diante dos resultados financeiros abaixo do esperado.
Mesmo com o prestígio conquistado ao longo de décadas, a Pixar enfrentou dificuldades recentes, incluindo cortes de funcionários e filmes que não atingiram o sucesso comercial esperado. O desempenho de Elio reacendeu debates sobre a estratégia do estúdio e a viabilidade de apostar em títulos originais, diante da preferência do público por franquias já consolidadas.
O que explica o desempenho de Elio nas bilheteiras?
Lançado em junho de 2025, Elio chegou aos cinemas com grandes expectativas, especialmente após o sucesso estrondoso de Divertida Mente 2. No entanto, após uma semana em cartaz, o filme arrecadou cerca de 40 milhões de dólares nos Estados Unidos e mais 30 milhões em outros países, totalizando 72 milhões mundialmente. Esse valor representa menos da metade do orçamento estimado de 150 milhões de dólares, tornando improvável que o longa recupere seu investimento apenas com bilheteria.
O histórico recente da Pixar mostra que nem sempre um início fraco nas bilheteiras determina o fracasso total de um filme. Em 2023, Elementos teve uma estreia discreta, mas conseguiu se recuperar e alcançar quase 500 milhões de dólares globalmente. No entanto, Elio apresentou uma queda mais acentuada na segunda semana, dificultando uma reviravolta semelhante.
Como as críticas e o público receberam a animação?
Apesar do desempenho comercial abaixo do esperado, Elio foi bem recebido pela crítica especializada. O filme alcançou uma avaliação de 83% no Rotten Tomatoes, indicando aprovação significativa dos críticos. Entre o público, a aceitação também foi positiva, com uma nota de 91% no mesmo site agregador de opiniões.
Especialistas destacaram que, embora Elio não tenha o mesmo impacto emocional de clássicos como Up ou Toy Story 3, o longa demonstra a capacidade da Pixar de criar histórias originais que dialogam com diferentes gerações. O enredo acompanha Elio Solis, um garoto que enfrenta dificuldades para se encaixar, até ser transportado por alienígenas e se tornar o representante da Terra em uma missão intergaláctica, enquanto sua mãe Olga trabalha em um projeto secreto para decifrar mensagens alienígenas.
Quais são os próximos passos da Pixar após Elio?
Diante do cenário atual, a Pixar já planeja novos lançamentos para os próximos anos. O estúdio aposta em continuações de franquias consagradas, como Toy Story 5, Os Incríveis 3 e Coco 2, buscando garantir resultados mais previsíveis nas bilheteiras. Além disso, está previsto para 2026 o lançamento de Hoppers, um novo título original que promete trazer frescor ao catálogo do estúdio.
- Toy Story 5: Continuação da saga dos brinquedos mais famosos do cinema.
- Os Incríveis 3: Retorno da família de super-heróis.
- Coco 2: Expansão do universo inspirado na cultura mexicana.
- Hoppers: Nova aposta original prevista para 2026.
O desempenho de Elio sugere que o público ainda valoriza histórias inovadoras, mas demonstra uma preferência clara por títulos já conhecidos. A Pixar, por sua vez, busca equilibrar a produção de sequências com a criação de novos universos, mantendo sua relevância no competitivo mercado de animação.
Elio pode se recuperar e alcançar outros filmes da Pixar?
Comparando com outros títulos do estúdio, Elio já superou a arrecadação global de Luca, lançado durante a pandemia, mas ainda está distante de alcançar o desempenho de Lightyear e Elementos. Para ultrapassar Lightyear, por exemplo, seria necessário mais que triplicar sua bilheteira atual, um desafio considerável diante da queda no interesse após a estreia.
- Luca: 43 milhões de dólares (lançamento restrito durante a pandemia).
- Elio: 72 milhões de dólares até o momento.
- Lightyear: mais de 270 milhões de dólares.
- Elementos: quase 500 milhões de dólares.
O futuro de Elio nas bilheteiras dependerá de fatores como a recepção internacional, o boca a boca positivo e possíveis indicações a prêmios. O cenário demonstra que, mesmo em um mercado volátil, a Pixar segue como referência em animação, enfrentando desafios e se reinventando para conquistar novas gerações de espectadores.
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