A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) alerta os produtores rurais que o vazio sanitário da soja terá início nesta sexta-feira (27) em todo o estado de Goiás. A medida, que segue até 24 de setembro, proíbe o cultivo e a manutenção de plantas vivas de soja, inclusive as chamadas tigueras, aquelas que nascem espontaneamente após a colheita. Você pode acessar o calendário completo, de todas as regiões do Brasil, por meio deste link.
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O objetivo é conter o avanço da ferrugem asiática, considerada uma das doenças mais severas que atingem a cultura da soja. Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a ferrugem se espalha facilmente pelo vento e, se não for controlada, pode provocar perdas superiores a 70% da produção em áreas gravemente afetadas.
De acordo com o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, os 90 dias sem plantas vivas no campo são uma medida fitossanitária essencial para reduzir a presença do fungo nas lavouras e proteger a próxima safra. “O produtor rural goiano sabe que é necessário seguir o calendário fitossanitário e sempre busca cumprir os prazos. É um grande parceiro da defesa agropecuária. Mas é papel da Agrodefesa orientar e reforçar a importância dessas medidas para assegurar a sanidade vegetal no estado”, afirmou.
A importância do vazio sanitário também foi destacada pelo gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Leonardo Macedo, que classifica a medida como consolidada e respaldada pela ciência e pela prática no campo. “O vazio sanitário é uma etapa estratégica no manejo da ferrugem asiática, e seu cumprimento é decisivo para garantir produtividade e competitividade aos produtores goianos”, ressaltou.
O coordenador da Gerência de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Mário Sérgio de Oliveira, reforçou o papel da Agência na educação sanitária. Segundo ele, além da fiscalização, o órgão tem como missão orientar produtores, técnicos e entidades do setor. “Nosso compromisso não é apenas de fiscalização, mas também de apoio técnico ao produtor. A participação ativa do setor produtivo é fundamental para o sucesso das políticas fitossanitárias e para mantermos Goiás como referência nacional na produção de grãos”, declarou.
A soja em Goiás
Goiás ocupa atualmente o posto de terceiro maior produtor de soja do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso e Paraná. Segundo o 11º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em 12 de junho, a estimativa para a safra 2024/2025 no estado é de mais de 20,4 milhões de toneladas, cultivadas em uma área de 4,95 milhões de hectares, com produtividade média de 4,12 toneladas por hectare.
Conforme a Instrução Normativa nº 06/2024 da Agrodefesa, a partir de 25 de setembro já será permitida a presença de plântulas de soja emergidas no campo. A data final para a semeadura é 2 de janeiro de 2026. O cadastro das lavouras no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago) deve ser feito em até 15 dias após o término do calendário de semeadura, ou seja, até 17 de janeiro de 2026.
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