Enrique Lewandowski, filho do atual ministro da Justiça, foi contratado por R$ 50 mil mensais pelo Cebap — entidade investigada por desviar até R$ 6,3 bilhões de aposentados. O acordo foi firmado em dezembro de 2024, quatro meses antes da operação da Polícia Federal. Enquanto aposentados sofriam descontos indevidos, o escritório do herdeiro faturava alto.
O contrato previa atuação em órgãos como INSS, TCU, CGU e até na Senacon, ligada ao ministério chefiado pelo pai do advogado. Embora neguem qualquer interferência ou atuação no Ministério da Justiça, a coincidência dos vínculos familiares e institucionais levanta dúvidas graves.
É a velha elite togada: enquanto brasileiros contam moedas para sobreviver, os bastidores de Brasília garantem o luxo e os contratos milionários de sempre.