O jantar promovido por Alexandre de Moraes para homenagear Rodrigo Pacheco acabou revelando mais do que mera cordialidade institucional. O evento, que reuniu políticos e magistrados, tornou-se um palco de zombarias contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que foi chamado de “frouxo” e “bananinha” em conversas informais. A perseguição ao parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, não é novidade, mas a forma como foi ridicularizado diante de figuras do alto escalão expõe o ambiente de hostilidade contra conservadores.
As ofensas teriam partido de alguns convidados, segundo relatos de três fontes presentes no jantar. O apelido “bananinha”, repetido por opositores, remonta a uma entrevista de Hamilton Mourão em 2020, quando o então vice-presidente fez uma crítica velada ao deputado. A tentativa de desmoralizar um representante conservador em um evento recheado de autoridades apenas reforça a parcialidade e o viés daqueles que se dizem defensores do “respeito institucional”, mas utilizam seus encontros para depreciar adversários políticos.
O evento contou com a presença de figuras como o vice-presidente Geraldo Alckmin, o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Entre os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, sete marcaram presença, incluindo Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Flávio Dino. Em meio a taças de vinho e discursos protocolares, a reunião demonstrou que o desprezo por parlamentares de oposição não conhece limites, mesmo em ocasiões que deveriam primar pelo decoro.