“O Hamas acredita que o tempo está a seu favor. Não está. O Hamas está totalmente ciente do prazo e deve saber que responderemos adequadamente se não o respeitar”, disse Witkoff, numa declaração divulgada pela Casa Branca.
O Hamas confirmou hoje que aceitou retomar as negociações indiretas com Israel e manifestou a sua disponibilidade para libertar o soldado israelo-americano Edan Alexander, bem como os corpos de outros quatro reféns, na segunda fase do cessar-fogo.
A proposta apoiada por Witkoff inclui a libertação de cinco reféns vivos em troca de um cessar-fogo de 50 dias em Gaza, durante os quais serão realizadas negociações sobre a continuação do acordo.
O comunicado dos EUA recorda que a proposta foi apresentada na quarta-feira à noite em Doha para prolongar o cessar-fogo para além do Ramadão e da Páscoa, ganhando assim tempo para negociar uma estrutura para uma cessação permanente das hostilidades.
“Através dos nossos parceiros do Qatar e do Egito, o Hamas foi informado, em termos inequívocos, que esta ‘ponte’ teria de ser implementada em breve e que Edan Alexander, cidadão norte-americano e israelita, deveria ser libertado imediatamente”, acrescentam as autoridades norte-americanas.
O comunicado recorda que o Presidente norte-americano, Donald Trump, deixou claro que o Hamas “pagará um preço elevado” se não libertar os reféns “imediatamente”.
“Infelizmente, o Hamas decidiu responder afirmando publicamente a sua flexibilidade e formulando em privado exigências que são completamente impraticáveis sem um cessar-fogo permanente”, explicou Washington.
No entanto, no comunicado divulgado hoje pelo Hamas, o grupo islamita reiterou a sua “total disponibilidade” para chegar a um acordo abrangente que inclua tudo o que foi acordado para a segunda fase e voltou a pedir que Israel “cumpra integralmente as suas obrigações”.