O assassinato de Maurilhon Kauã Bezerra da Silva, de 17 anos, ocorrido no último sábado (23) em Delmiro Gouveia, Sertão de Alagoas, está sendo investigado como possível acerto de contas ligado ao tráfico de drogas. O corpo do adolescente foi encontrado com marcas de tiros, facadas e sinais de extrema violência, como um dos olhos perfurado, no povoado Sinimbu, zona rural do município.
Dias antes de ser executado, Kauã havia sido apreendido em flagrante na cidade de Jatobá, em Pernambuco, durante uma operação da 4ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM). De acordo com informações repassadas por fontes da polícia pernambucana, ele foi identificado como chefe de um ponto de venda de drogas, atuando em conjunto com outros suspeitos.
Na abordagem, feita em um Fiat Palio azul, foram apreendidos drogas como cocaína e crack, além de arma de fogo, munições, balança de precisão, rádio comunicador, dinheiro e veículos. As investigações apontaram ainda que o grupo utilizava crianças da comunidade para auxiliar na venda dos entorpecentes.
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A apreensão do jovem e de mais dois comparsas, ganhou repercussão na região e pode ter sido interpretada como um “vacilo” dentro da organização criminosa. A brutalidade do crime reforça a hipótese de que tenha sido um recado do mundo do tráfico.
As polícias civis de Pernambuco e Alagoas seguem trocando informações para tentar esclarecer o homicídio e identificar os autores. O caso está sob investigação do delegado Andrey Araújo, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Delmiro Gouveia, com apoio do chefe de operações José Ceciliano Marques, conhecido como Zé Lobinho. Até o momento, ninguém foi preso.