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Fazenda tenta minimizar sanções dos EUA e apela à retórica da soberania

O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, classificou como “ataque unilateral” as sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes.

Em um discurso defensivo, alegou que a medida fere a soberania brasileira e representa uma intervenção em assuntos internos, chegando ao absurdo de citar o Pix como suposta vítima de desrespeito.

Durigan afirmou que valores e soberania “não se negociam”, embora tenha ignorado que a sanção nada tem a ver com economia, e sim com violações de direitos humanos.

A Lei Magnitsky, aplicada contra agentes autoritários, não é um ataque, mas um reconhecimento internacional de abusos. A menção à Constituição de 1988 chega a soar irônica, considerando os atropelos cometidos por Moraes.

A resposta do governo petista escancara o incômodo de ver suas práticas autoritárias expostas globalmente. Em vez de refletir sobre os motivos das sanções, prefere blindar o ministro e recorrer à velha narrativa de vitimização.

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