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Férias de Haddad causam incômodo até entre aliados do Planalto

A decisão do ministro Fernando Haddad de iniciar suas férias nesta segunda-feira (16) gerou desconforto até na base aliada do governo. A ausência ocorre em um momento delicado, marcado pela crise da Medida Provisória que trata da arrecadação e pelo risco de queda no aumento do IOF, imposto considerado essencial para equilibrar as contas públicas.

Segundo relatos de bastidores, parlamentares ligados ao presidente Lula não esconderam a frustração. Esperavam do titular da Fazenda o mesmo comprometimento que tiveram ao abrir mão de folgas em momentos críticos. O afastamento se estenderá até domingo (22), justamente quando o governo tentava avançar em negociações no Congresso.

A equipe econômica previa uma arrecadação extra de R$ 20 bilhões com a MP, valor necessário para cumprir o novo Arcabouço Fiscal. Com o recesso informal do Legislativo e o avanço de propostas que contrariam o governo, a ausência de Haddad enfraquece a articulação política e aumenta a pressão sobre o Palácio do Planalto.

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