Quatro meses após a revelação de fraudes no INSS pela Operação Sem Descontos, nenhuma conclusão foi alcançada. O esquema, que operou entre 2019 e 2024, desviou bilhões ao incluir aposentados em associações sem consentimento, com descontos mensais indevidos.
Apesar de mandados cumpridos em 13 estados, a apuração esbarra na exigência de autorizações judiciais para quebras de sigilos.
O ministro Alessandro Stefanutto e o procurador Virgílio Oliveira Filho são citados, assim como o empresário Antônio Carlos Antunes, o “careca do INSS”.
Segundo especialistas, o caso envolve figuras públicas, empresas-laranja e foro privilegiado, o que complica a responsabilização.
Paralelamente, a oposição tenta instaurar uma CPI para apurar as fraudes. Enquanto isso, o Ministério da Previdência já iniciou o ressarcimento a 839 mil beneficiários, equivalente a 40% dos elegíveis.