Internacional

“Genocídio”. Turquia condena sem reservas plano de Israel para Gaza

Este plano representa uma “nova fase” da “política de expansão e genocídio” de Israel na região, que exige uma intervenção internacional imediata, considerou o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco, num comunicado publicado no site.

 

“Cada passo do Governo fundamentalista de [Benjamin] Netanyahu para continuar o genocídio dos palestinianos e expandir a ocupação representa um duro golpe para a paz e segurança internacionais, agrava a instabilidade regional e aprofunda a crise humanitária”, acusou.

A Turquia insistiu que o estabelecimento de uma paz duradoura na região só será possível “através do Estado de Direito Internacional, do primado da diplomacia e da proteção dos direitos humanos fundamentais”.

“A ocupação israelita deve interromper imediatamente os planos de guerra, aceitar um cessar-fogo em Gaza e iniciar negociações para uma solução de dois Estados”, acrescentou a diplomacia de Ancara, pedindo que a comunidade internacional intervenha imediatamente.

“Apelamos à comunidade internacional para que cumpra as suas responsabilidades para impedir a implementação desta decisão, que visa deslocar à força os palestinianos das suas próprias terras, e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para que adote resoluções vinculativas sobre o assunto”, concluiu na mesma nota.

O Conselho de Segurança de Israel aprovou esta madrugada uma proposta do primeiro-ministro para ocupar militarmente a cidade de Gaza, no norte do enclave, a fim de “derrotar o [movimento islamita palestiniano] Hamas”.

Apesar de o plano só determinar a ocupação da cidade de Gaza e não mencionar o resto do enclave, Benjamin Netanyahu já tinha afirmado que queria estender a operação a toda a Faixa.

Em declarações à estação norte-americana de televisão Fox News, antes da reunião, o primeiro-ministro israelita explicou que o objetivo é ocupar toda a Faixa de Gaza, não para a manter ou governar, mas para manter um “perímetro de segurança” que deve ser governado pelas “forças árabes” sem ameaçar Israel e sem o Hamas.

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