Em um novo pacote fiscal, o governo propôs taxar em 5% os rendimentos de investimentos como LCI e LCA, quebrando a isenção que financia o agronegócio e o setor imobiliário. A medida, que busca elevar a arrecadação, acendeu um alerta sobre o encarecimento do crédito e a paralisação de áreas estratégicas.
Para analistas de mercado, a mudança pode “encarecer projetos e, em última instância, frear a atividade econômica”. O temor é que a menor atratividade desses papéis para o investidor comprometa o financiamento de setores essenciais, afetando o PIB e a geração de empregos no país, segundo os especialistas.
A reação no Congresso foi imediata. O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion (PP-PR), cobrou cortes de gastos em vez de mais impostos: “É preciso cortar na carne”. O líder da Oposição, Luciano Zucco (PL-RS), resumiu a crítica: a proposta “penaliza o Brasil que trabalha, produz e investe”.