Após a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, o presidente Lula definiu três frentes de reação, mas com forte ênfase no impacto político. A primeira medida será ouvir setores da economia mais afetados, como o agronegócio e a indústria, prometendo articulações para conter prejuízos. O gesto tenta reaproximar o Planalto de segmentos que mantêm distância do atual governo.
A segunda frente envolve articulação diplomática. Lula escalou Haddad, Alckmin e Mauro Vieira para dialogar com autoridades americanas e cogita acionar a OMC, alegando quebra de regras de concorrência.
A terceira frente, no entanto, mira no campo político: o governo tenta transferir a responsabilidade da crise a gestões anteriores, explorando narrativas para blindar a imagem do presidente.
A reação, mais centrada em discursos do que em soluções objetivas, levanta dúvidas sobre a real eficácia das medidas diante dos prejuízos já anunciados por exportadores.
