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Governo tenta esconder extradição negada e se enrola com Espanha

O governo brasileiro pediu sigilo à Espanha no processo de extradição de Oswaldo Eustáquio, jornalista investigado por suposta tentativa de golpe. A Justiça espanhola já indicou recusa, afirmando que os atos atribuídos a ele são protegidos pela liberdade de expressão, sem equivalente penal em sua legislação. A resposta expõe o abismo entre o discurso oficial e o respeito internacional aos direitos civis.

Com o parecer contrário do Ministério Público espanhol, o Planalto recorreu à Embaixada em Madri para classificar o caso como “urgente” e “reservado”. Em paralelo, o Ministério da Justiça busca envolver a AGU na audiência que decidirá o destino de Eustáquio, tentando influenciar o julgamento. A tentativa de manter tudo sob sigilo revela o receio de mais um revés global.

Ao insistir em silenciar o processo e pressionar cortes estrangeiras, o governo se distancia de qualquer credibilidade diplomática. A retórica que persegue jornalistas dentro de casa está sendo desmascarada por tribunais que ainda prezam pela liberdade.

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