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Grupo pró-Palestina invade base aérea britânica: “Ato de vandalismo”

O grupo pró-Palestina ‘Palestine Action’ invadiu uma base da Força Aérea do Reino Unido (RAF, na sigla em inglês) e danificou duas aeronaves militares, em Oxfordshire, em Inglaterra, durante a madrugada desta sexta-feira. O governo britânico já reagiu e classificou o protesto como “vergonhoso” e um “ato de vandalismo”.

 

Na rede social X (antigo Twitter), o grupo indicou “invadiu a base aérea de Brize Norton e danificou duas aeronaves militares”.

E explicou o motivo: “Os voos partem diariamente da base para a Akrotiri, no Chipre. A partir de Chipre, os aviões britânicos recolhem informações, reabastecem caças e transportam armas para cometer genocídio em Gaza”.

Num vídeo, partilhado pelo ‘Palestine Action’ e que pode ver na galeria acima, é possível observar uma pessoa aproximar-se de uma aeronave na base de Brize Norton – a maior da Força Aérea britânica – de trotinete e a colocar tinta vermelha no chão, enquanto se ouve a música ‘Ataba’ do cantor palestiniano Bilal Shabib.

Em comunicado, o grupo explicou que “dois ativistas invadiram a maior base aérea e Inglaterra” e usaram “extintores de incêndio reaproveitados para borrifar tinta vermelha nos motores” das aeronaves, causando “mais danos” com pés-de-cabra. 

“Tinta vermelha, simbolizando o derramamento de sangue palestino, também foi borrifada na pista e uma bandeira da Palestina foi deixada no local. Ambos os ativistas conseguiram escapar da segurança e da detenção”, adiantou o Palestine Action. 

Starmer lamenta “ato de vandalismo” e pede “responsabilidade”. Grupo já respondeu

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, reagiu ao protesto, considerando que “o ato de vandalismo cometido na RAF Brize Norton é vergonhoso”.

“As nossas Forças Armadas representam o que há de melhor na Grã-Bretanha e arriscam a vida por nós todos os dias. A nossa responsabilidade é apoiar aqueles que nos defendem”, atirou, no X.

Em resposta ao governante britânico, o grupo de ativistas atirou que é “sua responsabilidade não ser um criminoso de guerra” e “não desempenhar um papel militar ativo no genocídio”.

“É da SUA responsabilidade não ser um criminoso de guerra. É da SUA responsabilidade não desempenhar um papel militar ativo no genocídio. Agora, é da nossa responsabilidade fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para impedir o que VOCÊ permitiu”, escreveram no X.

O Ministério da Defesa também condenou as ações do grupo e frisou estar a “trabalhar em estreita colaboração com a polícia” nas investigações.

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