A manifestação é uma iniciativa da organização cívica e social “Po de Terra” (pau da terra), à qual se juntou a Frente Popular, plataforma que congrega associações de jovens e sindicatos.
Para Sissoco Embaló, não se trata de organizações da sociedade civil, que disse ser representada por Fodé Caramba Sanhá, presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Paz, Democracia e Desenvolvimento.
“Não recebemos nada dele, agora quem quiser sair à rua que saía à rua. Vai ver”, advertiu Sissoco Embaló, questionando sobre se as pessoas vão andar sobre si ou sobre a sua cabeça.
“Que saiam. Aqui qualquer ato terá resposta adequada. Vão saber que aqui não há desordem. Este país não é de marginais. Os marginais podem estar lá fora (na diáspora), aqui não”, acrescentou Embalo.
O Presidente guineense disse que é esperara para ver o que vai acontecer no domingo quando as duas plataformas saírem às ruas do país, mas adiantou que não acredita que Armando Lona, líder da Frente Popular, venha a estar na manifestação.
“Há aquele rapaz feio, parecido com extraterrestre, Lona. Esse não sairá à rua nunca mais”, afirmou Sissoco Embalo, referindo-se a um dos detidos numa manifestação em maio do ano passado.
Armando Lona, jornalista e ativista social, foi detido pela polícia, juntamente com cerca de centena de manifestantes da Frente Popular, no dia 18 de maio de 2024, quando também saíram às ruas do país em manifestações para exigir a “reposição da ordem constitucional”
A organização anunciou que vários dos detidos foram submetidos a torturas e espancamentos. Armando Lona e outros dirigentes da organização estiveram detidos na 2.ª Esquadra de Bissau durante dez dias, sendo, depois, apresentados ao Ministério Público, que lhes instaurou processos judiciais.
Leia Também: Embaló desvaloriza apreensão de passaportes em Lisboa: “Nada de anormal”