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Haddad sob cerco: IOF vira impasse e governo corre contra o tempo

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, enfrenta forte resistência política e busca apoio no Congresso para um plano que substitua o polêmico aumento do IOF. A articulação será discutida neste domingo (8), na casa do presidente da Câmara, Hugo Motta, em Brasília. A ministra Gleisi Hoffmann também estará presente. O objetivo: apresentar uma proposta que evite impacto eleitoral e desgaste ainda maior.

O aumento do imposto, anunciado no fim de maio para cobrir um déficit de R$ 52 bilhões, provocou reação imediata no Parlamento. Ao menos 19 projetos já pedem a revogação do decreto. Após pressão, o governo recuou parcialmente, mas ainda não apresentou uma compensação viável. Motta e Alcolumbre deram dez dias para uma solução, sob risco de votação para anular o aumento.

Sem consenso, o governo estuda medidas estruturais, cortes em subsídios e até mexer no Fundeb, elevando a tensão. Haddad, criticado até internamente, antecipou férias e se afastará em meio à crise. A oposição, excluída das negociações, mantém posição firme: “Seguimos pela revogação do decreto”, declarou Sóstenes Cavalcante.

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