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Haim libera seu novo álbum “I Quit”

Na última sexta-feira (20), o trio de rock HAIM liberou seu aguardado quarto álbum de estúdio, I Quit, pela Polydor Records.

Vale lembrar que as irmãs haviam confirmado o lançamento no palco no início da última semana, em um show surpresa em Los Angeles, no The Bellwether. O álbum de 15 faixas foi produzido por Rostam Batmanglij e Danielle Haim e irradia a energia crua de artistas experientes, cuja profunda reverência pelo rock clássico permeia canções concebidas para o palco ao vivo. A arte do álbum foi criada pelo amigo de longa data e colaborador criativo Paul Thomas Anderson.

Vale destacar que o HAIM também lançou seu novo single “Down to Be Wrong”, uma ode à autopreservação e à prioridade. “Não preciso que você entenda, não sei se você consegue” é a mensagem final da música, que termina desafiadoramente com “Luzes vermelhas estão à frente, mas eu continuo caminhando”. O videoclipe de “Down to Be Wrong” foi dirigido por Bradley & Pablo e conta com a participação do galã Logan Lerman.

“I Quit” é o primeiro álbum da banda desde o álbum de 2020, “Women In Music, Pt. III”, que rendeu ao grupo internacional um Brit Award. O disco recebeu duas indicações ao Grammy, incluindo o prestigioso prêmio de “Álbum do Ano”. Com essa indicação, o HAIM se tornou o primeiro grupo de rock exclusivamente feminino a ser incluído na principal categoria do prêmio. “Women In Music, Pt. III” estreou em primeiro lugar na parada de álbuns dos EUA, bem como nas paradas de rock e alternativo, e entrou em primeiro lugar na parada de álbuns do Reino Unido.

Como a Haim se tornou uma banda renegada do rock

Com mais de 15 anos de estrada, o trio californiano HAIM está prestes a lançar seu aguardado quarto álbum de estúdio, I Quit, marcado para o dia 20 de junho. Conhecidas pela mistura única de pop e indie rock, as irmãs Este, Danielle e Alana Haim já consolidaram uma trajetória consistente, com turnês próprias desde 2013 e a abertura de shows para grandes nomes como The Killers, Julian Casablancas, Kings of Leon e Red Hot Chili Peppers.

Apesar do currículo robusto, as integrantes relatam que ainda enfrentam resistência e desconfiança dentro da comunidade rock — especialmente vinda de um público mais conservador e predominantemente masculino. Em entrevista recente à revista GQ, o grupo falou abertamente sobre os desafios enfrentados ao longo da carreira, com ênfase no preconceito de gênero que persiste no gênero musical que ajudaram a renovar.

Danielle Haim comentou sobre a reação negativa de parte do público ao estilo performático da banda nos palcos, marcado por danças e movimentações espontâneas. Para ela, o julgamento muitas vezes decorre de um estigma sobre o que se espera de uma banda de rock tradicional. “Amamos dançar e nos mover no palco. Mas parece que isso, para muitos, é motivo de desconfiança”, comentou. Alana acrescentou: “A comunidade rock encara isso como uma fraqueza. Não sei por quê. Adoramos dançar e fazer as pessoas rirem, e por algum motivo isso é inaceitável.”

A crítica se estende ao uso de tecnologia nos shows. Danielle rebateu com ironia os comentários que duvidam da autenticidade de suas apresentações ao vivo: “É sempre um cara [quem critica]. Mano, estamos usando sistema wireless. Você é um idiota do car#lh0?”

Essa não é a primeira vez que a banda se posiciona sobre o machismo no rock. Em entrevista anterior ao The Guardian, Danielle revelou a frustração com rádios especializadas que se recusavam a tocar suas músicas sob o argumento de que o som “não era rock o suficiente”. “Foi como um tapa na cara”, lembrou, especialmente ao notar que diversas bandas masculinas com sonoridades semelhantes eram aceitas sem questionamentos.

Alana reforçou que o espírito leve e bem-humorado do grupo — frequentemente confundido com falta de seriedade — também contribui para a rejeição. “Adoramos nos divertir e zombar de nós mesmas, mas isso faz algumas pessoas acharem que não levamos nossa música a sério.”

A comparação com bandas masculinas que escapam ilesas de críticas semelhantes é inevitável. Danielle apontou o contraste: “Nos nossos dois primeiros discos não há muitos solos de guitarra, e dançamos nos videoclipes porque gostamos disso. Mas muitos desconsideram nosso trabalho por isso. Bandas masculinas fazem o mesmo e continuam sendo consideradas rock de verdade.”

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