Alagoas

Homem é preso por perseguir recrutadora após ser reprovado em vaga de emprego

Mensagens diárias e ligações constantes por cerca de quatro meses, essas foram as provas coletadas pela Polícia Civil para prender um casal pelo crime de stalking. As prisões em flagrante ocorreram na sexta-feira (22) em Araguari, no Triângulo Mineiro , após eles perseguirem a recrutadora de um frigorífico após o suspeito ser reprovado para uma vaga de emprego.

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🔍 Stalking, ou crime de perseguição, é a prática de perseguir e importunar uma pessoa de forma reiterada e por qualquer meio (incluindo internet, ou cyberstalking), ameaçando a integridade física ou psicológica da vítima, invadindo sua privacidade ou restringindo sua liberdade. A conduta, prevista no artigo 147-A do Código Penal brasileiro, é punível com reclusão de seis meses a dois anos e multa, com pena aumentada em casos específicos, como contra mulheres, crianças ou idosos.

De acordo com a delegada Cláudia Coelho Franchi, os contatos ocorriam diariamente durante vários meses, causando perturbação e temor à vítima.

“A vítima, de 33 anos, contou que foi perseguida pelo casal com ligações e mensagens diárias. Nas mensagens e telefonemas, o homem, de 31 anos, dizia ter um relacionamento com a avaliadora, enquanto a esposa dele, de 38, a ameaçava sobre o marido não ter sido aprovado para a vaga”, explicou a delegada.

Perseguição motivada por desentendimentos do casal
Segundo o depoimento dos suspeitos à Polícia Civil, após o homem ser reprovado no processo seletivo do frigorífico, a esposa ameaçou a recrutadora dizendo que “ela iria ver”, caso o marido não fosse aprovado na vaga.

Além disso, o homem afirmou que a esposa desconfiou que ele tivesse um relacionamento com a vítima, o forçando a enviar mensagens para a mulher na tentativa de ter uma confissão.

“De início ele negou as acusações, depois confirmou e disse que enviava as mensagens porque era ameaçado pela esposa, tendo inclusive apanhado devido as desconfianças dela”, disse a delegada.
O casal foi preso após ligarem e enviarem mensagens simultâneas para a vítima. Segundo a delegada, na última mensagem o suspeito disse que queria terminar o relacionamento com a avaliadora.

No entanto, ainda conforme Cláudia Coelho, a investigação não apontou indícios de relacionamento amoroso entre o candidato e a recrutadora.

A mulher pagou fiança no valor de um salário mínimo e responderá pelo crime em liberdade. Já o homem permanece preso.

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