O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confrontou a decisão do STF sobre o bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, sustentando que a definição desses recursos cabe exclusivamente ao Congresso. A medida foi imposta pelo ministro Flávio Dino sob a justificativa de “falta de transparência”, mas Motta rebateu, enfatizando que o Legislativo não aceitará interferências indevidas.
Enquanto Dino segue a cartilha de um Judiciário cada vez mais inclinado ao ativismo político, Motta propõe um debate dentro dos limites constitucionais, afastando-se de um possível confronto direto. A tensão entre os Poderes cresce, especialmente após a CGU apontar supostos desvios. No entanto, o real objetivo por trás dessas decisões parece ser enfraquecer a autonomia parlamentar e ampliar o controle sobre as verbas.
Além da crise das emendas, o presidente da Câmara se reuniu com Fernando Haddad para discutir a agenda econômica. Motta reiterou sua disposição ao diálogo, mas a realidade mostra que o Executivo continua dependente da conivência do Congresso para avançar. Enquanto isso, o STF segue ultrapassando suas atribuições, reforçando o cenário de um país onde as instituições são usadas como ferramenta de poder, e não de equilíbrio democrático.