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Hugo Motta revê discurso e tensiona relação com STF e Planalto

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), abandonou a postura moderada e passou a vocalizar a insatisfação do Legislativo. Após a condenação da deputada Carla Zambelli pelo STF, surpreendeu ao afirmar que a cassação caberá ao plenário, e não será automática. “É melhor compartilhar a resolução com a maioria da Casa”, justificou, chamando o caso de “inédito”.

A mudança vem em meio ao impasse sobre a nova Medida Provisória que prevê aumento de arrecadação com taxações e cortes. Motta, que antes havia elogiado a proposta em reunião com o governo, recuou e pautou o projeto que revoga o aumento do IOF. A base parlamentar critica a falta de diálogo e a pressão sobre emendas travadas por decisões externas à Câmara.

Em resposta ao Planalto, Motta foi direto: “Não fui eleito presidente da Câmara para servir ao projeto político de ninguém”. A frase evidenciou o distanciamento do Executivo e escancarou o desconforto com a influência do STF sobre decisões da Casa.

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