Agro

Inovações que fazem a diferença no agronegócio

Tecnologia transforma resíduos da produção agrícola e agroindustrial em biofertilizantes e biopolímeros. Foto: Divulgação | Pixabay

A revolução do agronegócio brasileiro vai além da produção de alimentos, e empresas inovadoras estão cada vez mais presentes neste cenário. 

Um exemplo disso é a BioUs, startup goiana que se destaca ao transformar resíduos da produção agrícola e agroindustrial em biofertilizantes e biopolímeros. 

A empresa desenvolveu uma plataforma biotecnológica capaz de produzir biofertilizantes e biopolímeros utilizando bactérias “do bem”. Com isso, consegue criar um biopolímero 100% biodegradável.

Os biofertilizantes são substâncias naturais que ajudam no crescimento das plantas, enquanto os biopolímeros são materiais plásticos produzidos a partir de fontes renováveis. O reaproveitamento dos resíduos gera menos impacto ambiental.

 Em 2021, a empresa validou a produção do biopolímero PHA (polihidroxialcanoato), com a ajuda do programa Catalisa ICT, projeto do Sebrae, a BioUs conseguiu comprovar a capacidade de produzir o material de forma eficiente e sustentável.

O PHA é um tipo de plástico biodegradável produzido por bactérias a partir de resíduos orgânicos, como os da agroindústria. 

Esse biopolímero é uma alternativa ao plástico convencional, sendo completamente degradável no meio ambiente, o que reduz o impacto ambiental causado pelo descarte de plásticos comuns. 

A validação da produção garante que a empresa possa produzir PHA de maneira escalável e com qualidade, abrindo portas para a comercialização e o uso em diversas aplicações.

Raimundo Lima, CEO da BioUs, explica que a participação no Catalisa ICT foi essencial para a transformação da empresa, que começou em 2013 com consultoria no campo. 

“A gente fez uma transição de consultoria técnica para uma formatação de uma solução nos moldes do campo de inovação em startup”, comenta Lima, que destaca a mudança de rumos da empresa, que se estruturou como startup apenas em 2021, após o início do programa.

A empresa passou a adotar práticas e metodologias típicas de startups, o que significa que a empresa fez uma transição de um modelo de consultoria tradicional para um modelo de negócios voltado para inovação e escalabilidade, como o desenvolvimento de soluções tecnológicas sustentáveis e a busca por crescimento rápido. 

Esse novo formato permitiu que a instituição se posicionasse como uma deep tech, ou seja, uma startup com base em tecnologias avançadas e científicas, capazes de gerar grandes impactos no mercado e na sociedade.

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O impacto do Catalisa ICT

O Catalisa ICT tem sido fundamental para o crescimento e a inovação de muitas startups no Brasil, especialmente no setor agrícola. 

Com a missão de transformar pesquisas científicas em soluções de impacto para a sociedade, o programa está ajudando empresas como a BioUs a se destacarem em mercados internacionais e a promoverem o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. 

O programa, promovido pelo Sebrae, transforma pesquisas com grande potencial em soluções que podem mudar até mesmo o futuro do agronegócio.

Quer participar do programa Catalisa ICT?

Aproveite que as inscrições para o novo ciclo da jornada Catalisa ICT foram estendidas até o dia 9 de março.

Ao longo de 24 meses, os participantes contarão com capacitação, mentorias, eventos de conexão e, nas etapas subsequentes, receberão fomento para desenvolver suas pesquisas em soluções práticas.

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