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Irão diz ter lançado drones contra “alvos estratégicos” israelitas

O Irão diz ter lançado hoje à noite um ataque de drones contra “alvos estratégicos” em Israel, ao mesmo tempo que ameaçou atacar as entregas de ajuda militar a Telavive.

 

Paralelamente, as forças armadas iranianas ameaçaram atacar as entregas de ajuda militar a Israel.

“Alertamos que o envio de qualquer equipamento militar ou radar por navio ou avião de qualquer país para ajudar o regime sionista será considerado participação na agressão contra o Irão e constituirá um alvo legítimo para as forças armadas”, disse um porta-voz do exército, num vídeo transmitido pela televisão estatal iraniana.

Segundo disse hoje Effie Defrin, porta-voz militar israelita, o Irão lançou mais de mil drones contra Israel na semana passada.

“Há helicópteros, caças, navios e sistemas de defesa aérea a cercarem o Estado de Israel o tempo todo para impedir tentativas de penetração no nosso território”, disse Defrin, admitindo que alguns dos drones conseguiram chegar a território israelita e que o Irão ainda possui capacidades militares significativas.

Hoje de manhã, pela primeira vez desde o início das hostilidades, um drone iraniano impactou uma casa no norte de Israel, embora ninguém tenha ficado ferido.

Por isso, realçou a porta-voz, a ofensiva israelita ainda não terminou.

A Força Aérea Israelita conseguiu abater 40 drones disparados contra o país durante a madrugada de sábado, além de bombardear lançadores de mísseis e um local de lançamento de drones em Isfahan, no centro do Irão.

Ao longo deste sábado, de acordo com um comunicado militar, as forças israelitas também atacaram lançadores de mísseis e radares no sudoeste do Irão e destruíram três caças F-14 pertencentes ao exército de Teerão.

Israel lançou, na madrugada de 13 de junho, uma ofensiva sobre o Irão, que justifica com o avanço do programa nuclear e o fabrico de mísseis balísticos na República Islâmica, considerando que representam uma ameaça direta à sua segurança.

Desde então, aviões israelitas atacaram infraestruturas militares iranianas, como sistemas de defesa aérea e instalações de armazenamento de mísseis balísticos, bem como centrais nucleares, nomeadamente em Natanz, Isfahan e Fordow.

O Irão tem repetidamente negado o desenvolvimento de armas nucleares e reivindica o direito a realizar atividades nucleares pacíficas.

Os ataques causaram centenas de mortos, incluindo altos comandos militares e cientistas iranianos que trabalhavam no programa nuclear.

Segundo o Human Rights Activists, grupo de defesa dos direitos humanos com sede em Washington, os bombardeamentos israelitas contra o Irão já mataram mais de 600 pessoas, incluindo pelo menos 200 civis.

O Irão retaliou com lançamentos de mísseis e drones contra várias cidades israelitas, que já fizeram pelo menos 24 mortos e 1.217 feridos, 12 dos quais em estado grave.

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