“Os líderes defenderam a cessação imediata das hostilidades e a resolução dos diferendos”, declarou o Kremlin num comunicado após um telefonema entre Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan.
Putin e Erdogan defenderam que os diferendos entre Telavive e Teerão, “incluindo os relacionados com o programa nuclear iraniano”, devem ser resolvido “unicamente por meios diplomáticos”, acrescentou, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Israel lançou uma ofensiva contra o Irão na sexta-feira, 13 de junho, alegando ter como alvo as infraestruturas nucleares e militares iranianas, o que desencadeou uma resposta iraniana com o bombardeamento de cidades israelitas.
Em Ancara, a presidência turca também deu nota pública da conversa telefónica entre os dois líderes, com Erdogan a advertir que “a espiral de violência” desencadeada pelos ataques israelitas “constitui uma ameaça para a segurança de toda a região”.
Erdogan acusou o Governo de Benjamin Netanyahu de “desrespeitar o direito internacional”, o que disse ser “uma clara ameaça ao sistema internacional”.
O dirigente turco disse que a região “não pode permitir-se uma nova guerra” e que os ataques israelitas contra o Irão não podem desviar a atenção da situação em Gaza, que descreveu como genocídio.
Erdogan alertou ainda para o risco de Israel tentar impor factos consumados no Médio Oriente, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Desde sábado, o Presidente turco manteve conversações telefónicas com vários líderes regionais, incluindo Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Iraque, Omã, Kuwait e Paquistão, bem como com o Presidente do Irão, Masoud Pezeshkian.
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