A agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) terá que interromper seu trabalho “em território israelense” nesta quinta-feira (30), um ano após ser acusada de acobertar combatentes do Hamas. Após mais de 75 anos prestando apoio aos refugiados palestinos no Oriente Médio, a UNRWA não poderá mais operar em Israel nem manter contato com as autoridades israelenses.
A Suprema Corte de Israel rejeitou na quarta-feira um pedido para suspender a aplicação das leis israelenses aprovadas em outubro para encerrar as atividades da agência. Segundo o tribunal, as leis se aplicam apenas “no território soberano de Israel” e “não proíbem (a atividade da UNRWA) nas regiões da Judeia-Samaria (Cisjordânia ocupada) e na Faixa de Gaza“.
A lei estipula que o trabalho da agência deve ser realizado sem a participação do Estado de Israel. A agência entrou em conflito repetidamente com autoridades israelenses, que a acusam de minar a segurança do país. A hostilidade se intensificou após o ataque do movimento islamista palestino Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, com acusações de que funcionários da UNRWA estavam envolvidos na ação.
No final de janeiro de 2024, Israel descobriu que 12 funcionários da UNRWA estavam de envolvimento no ataque de 7 de outubro, provocando uma tempestade dentro da agência. Mais tarde, outros sete nomes foram acrescentados à acusação. A denúncia levou vários doadores a suspender o financiamento da agência. Uma investigação da ONU em agosto descobriu que outros membros da equipe estavam envolvidos no ataque terrorista.