Internacional

Jornalistas da AFP descrevem situação desesperada de camaradas em Gaza

Em comunicado colocado na rede social X, a SDJ recorda que não há lembrança de ver um trabalhador da Agência morrer de fome, desde que esta foi fundada em agosto de 1944, o que está em vias de ocorrer.

 

Em comunicado intitulado “Sem intervenção imediata, os últimos repórteres de Gaza vão morrer”, a SDJ especificou que a agência trabalha com 10 jornalistas independentes na Faixa de Gaza, que lhe fornecem textos, fotografias e vídeos.

Um deles, Bashar, que trabalha com a AFP desde 2010, detalhou a SDJ, no sábado conseguiu colocar uma mensagem no Facebook: ‘Já não tenho força para trabalhar’ (…)”.

No texto detalham-se situações de carência absoluta de alimentos e água e as consequências, da fome à falta de higiene, nas pessoas destes jornalistas e dos seus familiares. “Os seus pedidos de ajuda, dilacerantes, são agora diários”.

Depois do comunicado da SDJ, a Direção da AFP expressou a sua solidariedade, com os profissionais na Faixa de Gaza.

Em texto colocado também a X, a Direção da agência “partilha a angústia expressa pela SDJ quanto à situação terrível” dos camaradas na Faixa de Gaza.

Mais acrescentou: “Assistimos desde há meses, impotentes, à deterioração dramática das suas condições de vida. A sua situação é hoje insustentável, apesar de uma coragem, um empenho profissional e uma resiliência exemplares”.

Desta forma, acrescentou, “a AFP, que conseguiu depois de meses de esforços retirar os seus oito assalariados da Faixa de Gaza e as suas famílias, entre janeiro e abril de 2024, desenvolve os mesmos esforços para os seus colaboradores independentes, apesar da extrema dificuldade de os retirar de um território submetido a um bloqueio estrito”.

Leia Também: OMS denuncia ataques a residência de funcionários e armazém em Gaza

Leia também