Após recurso, o Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE) manteve as condenações pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa do ex-diretor do Hospital Cirurgia, Gilberto dos Santos. A informação foi divulgada pelo Ministério Público do Estado (MPE) nesta quarta-feira (5).
A Justiça ainda reconheceu a prescrição dos crimes de peculato e falsidade ideológica, extinguindo a punição em relação a esses delitos.
O diretor do hospital na época das investigações, Gilberto dos Santos, teve a pena mantida pelo Poder Judiciário em sete anos, sete meses e 15 dias de reclusão, em regime semiaberto. Os demais réus, Gilberto Vieira dos Santos, José Vieira dos Santos, José Carlos dos Santos e Rosivânia Santos Rocha, tiveram as penas mantidas em sete anos de reclusão em regime semiaberto.
A ação movida pelo Ministério Público denunciou que o ex-diretor teria se utilizado de duas construtoras, que não possuíam estrutura compatível com a execução do serviço, para desviar verbas que seriam destinadas a obras na unidade de saúde.
Ainda de acordo com o órgão, em 2018, uma ação realizada pelo MPE, com o apoio do Departamento de Repressão contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil de Sergipe resultou no afastamento do então gestor e, no ano seguinte, em uma intervenção na unidade de saúde.
A reportagem tentou e não conseguiu entrar em contato com a defesa do ex-gestor.