O ministro Kassio Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro, fez o jogo sujo do Supremo Tribunal Federal (STF) ao votar pela permanência dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento da denúncia sobre a suposta tentativa de golpe. Com isso, reforça a postura de um STF que age mais como partido político do que como tribunal imparcial, ignorando os pedidos justos da defesa e os claros conflitos de interesse dos envolvidos.
Com o voto de Nunes Marques, o STF já conta com oito votos favoráveis para manter os ministros no caso, embora a defesa de Bolsonaro e Braga Netto tenha apontado a total parcialidade dos magistrados. Dino, Zanin e Moraes, com suas histórias políticas e vínculos com o governo atual, são figuras que, evidentemente, não deveriam atuar em um julgamento desse porte.
A decisão do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que negou os pedidos de afastamento, não faz mais do que confirmar o uso do Supremo como uma ferramenta de perseguição política, onde a imparcialidade e a justiça dão lugar a uma estratégia de desgaste e enfraquecimento da oposição. O julgamento, que ocorrerá na próxima terça-feira (25), é mais uma peça de um teatro que visa enfraquecer qualquer tentativa de contestar o governo atual.