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Kremlin diz que presidenciais na Roménia foram “no mínimo, estranhas”

 “As eleições na Roménia foram, no mínimo, estranhas”, afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, referindo-se à desqualificação da candidatura de Georgescu, acusado pela justiça de seis crimes, incluindo atos inconstitucionais.

 

O antes desconhecido candidato populista venceu a primeira volta das eleições presidenciais, realizada em novembro passado, mas que foi anulada pelo Tribunal Constitucional por alegada interferência da Rússia, suspeita de ter lançado uma campanha maciça para promover Georgescu nas redes sociais, em particular na plataforma chinesa TikTok.

Peskov acrescentou que Moscovo conhece “a história do candidato com mais hipóteses”.

“Sem se dar ao trabalho de procurar uma justificação, foi simplesmente retirado da competição. E na ausência do candidato que era o grande favorito, ganhou aquele que ganhou. É assim que as coisas são”, disse Peskov.

Em março passado, o porta-voz do Kremlin avisou que qualquer eleição sem Georgescu seria “ilegítima”.

“Um candidato de que as autoridades não gostaram e decidiram repetir o escrutínio”, ironizou o Presidente russo, Vladimir Putin, em dezembro, após a decisão inédita do Tribunal Constitucional romeno.

À segunda volta das presidenciais romenas concorreram dois candidatos com propostas antagónicas: o vencedor da primeira volta, realizada em 04 de maio, o nacionalista George Simion, que se apresentou como “herdeiro político” de Georgescu e prometeu nomeá-lo primeiro-ministro, contra o europeísta e centrista Nicusor Dan, presidente da câmara de Bucareste.

Na segunda volta, realizada no domingo, Dan conseguiu uma reviravolta e venceu com 53,62% dos votos, derrotando George Simion, que teve 46,38%.

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