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Lula dramatiza punições enquanto governo suaviza rigor penal

Em Pernambuco, Lula afirmou que “até morte é suave” para agressores de mulheres, num discurso carregado de emoção e contradições. Relatou conversa com a primeira-dama, que teria chorado ao pedir ações mais firmes, e citou o caso brutal da mulher arrastada por um carro em São Paulo. O presidente questionou se as penas atuais são suficientes, embora seu histórico político revele resistência a qualquer endurecimento real do sistema punitivo.

Lula criticou suposto tratamento desigual entre ricos e pobres no Judiciário, alegando que beneficiados por posses recebem sentenças brandas enquanto outros permanecem presos por delitos menores. O apelo ao eleitorado masculino insinuando que homens violentos não deveriam apoiá-lo soa mais performático que efetivo diante das medidas práticas adotadas pelo próprio governo.

A contradição mais evidente está no recente veto ao projeto que encerraria as saídas temporárias, benefício amplamente questionado por permitir que criminosos perigosos retornem às ruas. Enquanto discursa com veemência, o governo segue afrouxando mecanismos de punição, reforçando o abismo entre a retórica oficial e a proteção concreta das vítimas.

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