O anúncio foi feito no Ministério da Defesa, num discurso dirigido às Forças Armadas, na véspera da Festa Nacional Francesa.
Se o Governo francês conseguir aprovar a nova dotação de 6,5 mil milhões de euros em dois anos na Assembleia Nacional, as despesas francesas com defesa terão duplicado numa década, de 32 mil milhões em 2017, quando Macron assumiu o cargo, para 64 mil milhões em 2027.
Considerando o reforço como “histórico e proporcional”, e justificado com novas e sem precedentes ameaças, provenientes da Rússia, do terrorismo, da proliferação nuclear e dos ciberataques, o chefe de Estado francês assegurou que o gasto extraordinário em defesa não será financiado com a emissão de dívida pública.
Segundo Macron, os recursos adicionais destinam-se a financiar reservas de munições, armas de precisão, ‘drones’, “capacidades espaciais”, mas também o “equipamento necessário no dia-a-dia para que as operações sejam realizadas”.
Os fundos suplementares serão também utilizados para aumentar a defesa em terra e no ar e a guerra eletrónica.
Aos militares, o Presidente francês prometeu melhores salários.
“Para sermos livres neste mundo, temos de ser temidos. Para sermos temidos, temos de ser poderosos”, referiu, insistindo que a França pode encontrar dinheiro para gastar mais com as Forças Armadas mesmo quando tenta reduzir a dívida.
Os partidos conservadores e de extrema-direita têm apoiado maiores gastos em defesa, enquanto os partidos de esquerda acusam o Governo de sacrificar benefícios sociais em prol de gastos militares.
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