Documentos analisados pelo comentarista Seth Mandel indicam que o Integrated Food Security Phase Classification (IPC) tinha acesso a dados completos que demonstravam a inexistência de fome em Gaza, mas optou por não apresentá-los de forma consolidada. Informações do Global Nutrition Cluster, fonte reconhecida internacionalmente, mostram que os níveis de desnutrição permaneceram abaixo do patamar técnico que caracteriza fome, ficando cerca de 23% abaixo do limite mesmo no período mais crítico do conflito.
Apesar disso, o IPC divulgou relatórios que sustentaram a narrativa de crise alimentar, omitindo a tendência de melhora registrada desde julho. Essa abordagem influenciou governos e organismos internacionais, levando à pressão por restrições e condicionamentos que afetaram a logística da guerra. Segundo Mandel, a distorção beneficiou diretamente o Hamas, que historicamente tenta criar escassez desviando ajuda humanitária, enquanto Israel manteve corredores e garantiu a entrada de suprimentos para impedir a fome da população civil.
A análise também questiona a postura de veículos como a Associated Press, que seguem tratando o IPC como referência global mesmo diante das inconsistências expostas. Ao evitar apontar quem efetivamente assegurou o abastecimento, a cobertura contribuiu para a difusão da acusação de que Israel teria provocado fome deliberadamente. Para Mandel, a propagação dessa narrativa falsa teve consequências reais, prolongando o conflito e custando vidas de israelenses e palestinos.









