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Médio Oriente. Israel afirma que interceptou míssil dos Huthis do Iémen

As sirenes foram escutadas em Bersabe e em várias cidades na região do deserto de Negev “depois de um projétil ter sido disparado do Iémen” e interceptado antes de entrar em Israel.

Este é o primeiro ataque a partir do Iémen contra Israel desde o cessar-fogo na Faixa de Gaza, que entrou em vigor em 19 de janeiro, e logo após uma série de bombardeamentos israelitas em grande escala no enclave palestiniano.

“Após as sirenes que soaram há pouco no centro e sul do Negev, um míssil disparado do Iémen foi interceptado pela IAF [Força Aérea israelita] antes de cruzar território israelita”, descreveu um breve comunicado das forças de Telavive.

O serviço de emergência israelita Magen David Adom indicou não ter recebido qualquer pedido de ajuda, à exceção de “casos isolados de pânico”.

Na semana passada, o líder Huthi, Abdul-Malik al-Houthi, avisou que os rebeldes iemenitas iam retomar os ataques ao território israelita em caso de novos bombardeamentos na Faixa de Gaza.

O Conselho Político Supremo Huthi, Governo instituído pelos rebeldes nas zonas do Iémen sob o seu controlo desde 2015, declarou que os últimos bombardeamentos na Faixa de Gaza “coincidem com a agressão dos Estados Unidos” contra território sob domínio do movimento islamita palestiniano Hamas, seu aliado.

“O Iémen continuará a apoiar o povo palestiniano e a aumentar os seus esforços na luta”, afirmou o movimento apoiado pelo Irão, sublinhando que Israel e os Estados Unidos são “totalmente responsáveis” pela violação do cessar-fogo e pelo bloqueio negocial em relação às etapas seguintes.

Os Huthis, que controlam a capital Sanaa e outras regiões no norte e oeste do Iémen desde 2015, começaram a atacar há mais de um ano território israelita e navios ligados ao país com drones e mísseis nas águas do mar Vermelho e do golfo de Aden, alegando agir em solidariedade com o Hamas, em guerra com Israel desde outubro de 2023.

Israel tem respondido com vários ataques aéreos contra o Iémen, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido também realizaram bombardeamentos contra o país, argumentando que estão a proteger a navegação numa região vital para o comércio mundial.

Os rebeldes iemenitas ameaçaram continuar as operações até que Israel termine a ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza.

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