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Milhares manifestam-se contra lei de segurança de Meloni em Roma

O texto acaba de ser validado na Câmara dos Deputados como uma moção de confiança, um estratagema frequente quando se tenta acelerar a tramitação de uma lei no Parlamento italiano, e no dia 12 de junho chegará ao Senado para a sua votação final.

 

O protesto foi apoiado por delegações dos principais partidos da oposição, como o Partido Democrático (PD), o Movimento 5 Estrelas (M5S) e a Aliança Verde e Esquerda (AVS, na sigla em italiano), bem como por sindicatos e numerosas organizações.

Durante o protesto, foram erguidas faixas com os dizeres “Levantar a cabeça contra o estado de medo” e “Meloni, vai embora”, e entoada a palavra de ordem “Contra um Governo de fascistas, até à vitória”.

Os organizadores esperavam que cerca de 20 mil pessoas participassem na marcha, que foi acompanhada por um grande destacamento policial. Uma marcha anterior, realizada em 26 de maio, terminou em confrontos entre polícias e manifestantes.

Entre outras medidas, a legislação em causa implicará penas mais duras para motins nas prisões, ocupações de casas e ações de desobediência civil, como o bloqueio de estradas, e introduzirá novos tipos de crimes tipificados como terrorismo.

“Estamos a manifestar-nos contra um decreto perigoso que nasce apenas para fazer propaganda e para mostrar a face mais forte desta direita”, denunciou o porta-voz do PD no Senado, Francesco Boccia, aos meios de comunicação social à chegada à manifestação.

O líder da Aliança Verde e Esquerda, Nicola Fratoianni, advertiu que o diploma “não reforça de forma alguma a segurança dos cidadãos” e que “apenas comprime os espaços de dissidência”.

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