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Ministro do STF afronta Constituição ao sugerir vice em evento político

Durante evento recente, o ministro do STF Flávio Dino sugeriu publicamente o nome de uma jovem para ocupar o cargo de vice-governadora, descumprindo de forma clara a Constituição Federal. A fala, repleta de informalidade e cálculo político, chocou juristas e cidadãos atentos à separação dos Poderes. “Põe a Tereza de vice-governadora num carro imbatível”, sugeriu Dino, em tom que não disfarça o apadrinhamento.

A interferência explícita de um magistrado em articulações eleitorais não é apenas inadequada é ilegal. A Lei 1.079/50, que trata dos crimes de responsabilidade, proíbe qualquer atuação política de membros do Supremo. Mais grave: Dino citou uma jovem que sequer tem idade mínima para exercer o cargo. “Ela não tem idade constitucional ainda”, admitiu o próprio, ignorando o absurdo da proposta.

Esse episódio escancara o que muitos brasileiros já percebem: parte do Judiciário perdeu o senso de limite. Quando quem deveria guardar a Constituição passa a desrespeitá-la publicamente, a confiança nas instituições se dissolve. O silêncio cúmplice de outros ministros só reforça a urgência de uma reação firme da sociedade e dos Poderes que ainda resistem ao aparelhamento.



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