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Moraes confunde mais do que proíbe e transforma decisão judicial em trapalhada gramatical

Ao tentar justificar que Jair Bolsonaro pode falar, mas não pode ser reproduzido nas redes, Alexandre de Moraes misturou má argumentação com erros de português.

O ministro do STF escreveu que “a JUSTIÇA É CEGA MAIS NÃO TOLA!!!!!”, confundindo “mas” com “mais”, e seguiu com uso indevido de crase e pontuação errática, reflexo de um raciocínio que também patina.

Na prática, Moraes criou uma espécie de “proibição sem proibir”: Bolsonaro pode conceder entrevistas, desde que elas não sejam publicadas por terceiros, ainda que isso seja inevitável.

Ministro não explica quem viola a cautelar: se o ex-presidente ao falar ou os aliados ao replicar. Resultado: qualquer repercussão indesejada poderá justificar a prisão preventiva, mesmo sem combinação prévia.

A decisão, cheia de frases em caixa alta, acusa “milícias digitais” de articulações obscuras e trata como óbvio o que não está dito. Com isso, Moraes alimenta a tese de perseguição judicial e coloca o STF sob questionamento, justamente no momento em que deveria prezar pela clareza e segurança jurídica.

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