O ministro Alexandre de Moraes, do STF, proibiu o uso de fardas nos interrogatórios de militares acusados de envolvimento em suposta tentativa de golpe em 2022.
A determinação atingiu nove oficiais das Forças Armadas e um agente da Polícia Federal, que integram o chamado “núcleo 3”. A ordem, sem despacho oficial, causou constrangimento aos réus e foi questionada pelas defesas.
Dois acusados chegaram uniformizados, mas foram forçados a trocar de roupa antes do início da audiência. A defesa alegou que a medida, além de informal, expôs os réus a situação vexatória. Um dos advogados sugeriu o adiamento da oitiva, enquanto outro relatou que seu cliente precisou pegar roupa emprestada.
A justificativa dada pelo juiz auxiliar Rafael Tamai foi de que a acusação é individual, não contra as instituições. A PGR acusa os réus de ações de campo e pressão sobre o Exército. Até o fechamento do texto, os depoimentos não haviam iniciado.