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Moraes transforma batom em “crime”

O Supremo Tribunal Federal julga Débora dos Santos, acusada de pichar a frase “Perdeu, mané” em uma estátua nos eventos de 8 de janeiro. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, insiste em tratar o ato como parte de um suposto golpe, ignorando o princípio da proporcionalidade. O julgamento ocorre no plenário virtual, sem debates, num modelo que limita a transparência e o contraditório.

Débora foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República por crimes graves, embora tenha apenas escrito com batom na estátua. A defesa aponta a desproporção das acusações, mas Moraes insiste em usar o caso para endurecer sua narrativa de “ataque às instituições”.

Enquanto criminosos violentos recebem penas brandas, manifestantes seguem perseguidos em processos políticos que atropelam garantias fundamentais. O julgamento reforça a seletividade da Justiça e a escalada autoritária do ministro.

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