Morreu neste sábado (12), aos 88 anos, o cineasta, crítico e professor Jean-Claude Bernardet, um dos nomes mais importantes da história do cinema brasileiro. Nascido na Bélgica e radicado no Brasil desde a infância, Bernardet estava internado no Hospital Samaritano, em São Paulo, e sofria um câncer reincidente, que optou por não tratar com quimioterapia.
A confirmação da morte foi feita pelo cineasta Fábio Rogério, que o acompanhava no hospital. O velório acontece neste domingo (13), entre 13h e 17h, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, com acesso aberto ao público.
Qual foi a trajetória de Bernardet no cinema brasileiro?
Figura central no pensamento crítico sobre o audiovisual nacional, Bernardet estreou como roteirista no filme O Caso dos Irmãos Naves (1967), assinando também Brasília: Contradições de uma cidade nova no ano seguinte.
Nos anos 2010, participou como ator e diretor nas obras Periscópio (2013), Fome (2015) e A Destruição de Bernardet (2016). Seu último trabalho foi o curta A Última Valsa, em codireção com Fábio Rogério.
Qual o legado de Jean-Claude Bernardet na cultura brasileira?
Bernardet foi um dos criadores do curso de Cinema da UnB, professor de História do Cinema Brasileiro na USP, e autor de mais de 20 livros sobre crítica, historiografia e ficção. Em 1996, lançou A Doença, obra em que compartilhou sua vivência como portador de HIV.
A Cinemateca Brasileira, que abriga o Arquivo Jean-Claude Bernardet, descreveu o intelectual como “figura central e incontornável do pensamento e da produção cultural brasileira”.
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