Em comunicado, o gabinete do procurador de Boulder, Michael Dougherty anunciou que alterou a acusação contra Mohamed Sabry Soliman, o homem acusado do ataque, para incluir duas acusações de homicídio em primeiro grau.
Karen Diamond foi uma das 29 vítimas do ataque, no qual o homem usou um lança-chamas caseiro contra um grupo de pessoas que participavam numa marcha pró-Israel no início de junho.
“O Ministério Público tem mantido um contacto próximo com a família de Diamond durante este momento difícil”, garantiu a procuradoria, referindo que a família da vítima solicitou privacidade para continuar o luto.
“Este ataque horrendo custou a vida a uma pessoa inocente que era profundamente amada pela sua família e amigos”, acrescentou o procurador no comunicado.
Sabry Soliman, de 45 anos, já enfrenta doze acusações federais de crime de ódio, além de acusações estaduais. Durante o ataque, o homem gritou “Palestina Livre!”, de acordo com as autoridades.
Além disso, foi encontrado um bilhete manuscrito no veículo que Soliman conduzia que, segundo o Departamento de Justiça dos EUA, dizia: “O sionismo é nosso inimigo até que Jerusalém seja libertada e eles sejam expulsos da nossa terra”.
Mohammed Sabry Soliman “entrou no país em agosto de 2022, com um visto que expirou em fevereiro de 2023”, detalhou na altura a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, sublinhando que, entretanto, apresentou um pedido de asilo em setembro de 2022.
No dia seguinte ao ataque, Donald Trump escreveu na sua rede social, Truth Social, que o que aconteceu em Boulder “não é tolerável nos Estados Unidos”.
O Presidente norte-americano aproveitou para criticar a administração anterior de Joe Biden, e insistir nos méritos da sua política de imigração, considerando que o alegado agressor entrou em território norte-americano devido à “ridícula política de fronteiras abertas” do seu antecessor.
Este ataque ocorreu pouco depois de um homem ter assassinado um casal que trabalhava na embaixada israelita em Washington, um crime que está a ser investigado como um ato antissemita.
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