O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta quarta-feira (26) que “cada Poder deve entender o limite que tem”, após a derrubada do aumento do IOF no Congresso.
A proposta do Executivo foi rejeitada com 383 votos na Câmara e confirmada no Senado, em votação simbólica. Motta afirmou que não houve conversa prévia com o governo, mas se disse aberto ao diálogo.
A votação ocorreu no mesmo dia nas duas Casas, fato raro, e refletiu o desconforto de parlamentares com a condução fiscal do governo. A publicação de uma medida provisória elevando tributos e o decreto parcial sobre o IOF agravaram o clima. Diante disso, o Planalto intensificou a liberação de emendas, empenhando R$ 831 milhões em poucos dias, somando R$ 1,73 bilhão no ano.
Mesmo com o gesto, congressistas apontam demora no repasse e articulam reação. O governo cogita recorrer ao STF, alegando que os reajustes não foram abusivos. Jaques Wagner minimizou tensões, mas reconheceu que houve acordo entre as Casas sem o conhecimento do Planalto.