Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, convocou reunião da Mesa Diretora nesta sexta (8) para tratar de possíveis punições a parlamentares que ocuparam o Plenário em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.
Ignorando o direito de manifestação dos congressistas, Motta classificou o ato como “triste” e sugeriu medidas “pedagógicas” para punir os envolvidos.
Apesar de relatos de que a oposição só deixou o Plenário após compromisso de pautar projetos como o fim do foro privilegiado e a anistia aos acusados de 8 de Janeiro, Motta negou qualquer acordo.
Disse que “não negocia pauta” e que não haverá prioridade a projetos, postura que esvazia o debate legislativo e mantém o Parlamento refém das decisões do Supremo.
Motta ainda admitiu incômodo com interferências do STF, mas sem coragem de enfrentá-las. No caso do IOF, criticou a judicialização, mas se esquivou de responsabilizar Moraes ou o governo. Seu discurso revela mais alinhamento à Corte do que defesa do Congresso.