Alagoas

Movimentos do campo ocupam sede do Incra em Maceió em ato da Semana Camponesa

Na tarde desta terça-feira, 22, cerca de duas mil pessoas ligadas a movimentos sociais do campo ocuparam a sede da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro de Maceió. A ação faz parte da Semana Camponesa, que ocorre simultaneamente em várias regiões do país com o objetivo de pressionar por avanços na Reforma Agrária.

O grupo, composto por representantes de diversas organizações sociais, montou um acampamento na sede do órgão federal e permanece no local. A ocupação é a segunda grande ação da jornada de lutas em Alagoas, que teve início no último domingo (20) com a ocupação da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri).

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Reprodução

Ato da Semana Camponesa em Maceió

Reinvindicações

As principais reivindicações envolvem a regularização fundiária, a destinação de terras para famílias acampadas em situação de vulnerabilidade, melhorias nas políticas públicas voltadas aos assentamentos e à produção de alimentos, à educação no campo rurais, além da ampliação de programas como o PRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária).

A ocupação deve permanecer nos próximos dias e está sendo organizada de forma pacífica, sem registro de conflitos até o momento. Os manifestantes montaram estruturas para permanência no local e esperam a abertura de diálogo com o Incra e demais órgãos públicos envolvidos nas pautas apresentadas.

Semana Camponesa

Sob o lema “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular”, a Semana Camponesa busca pressionar os governos federal e estaduais a avançarem na implementação de políticas estruturantes para o campo. Entre os pontos destacados pela jornada de lutas também estão o fortalecimento do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) e a reafirmação do papel estratégico da Reforma Agrária como instrumento de soberania alimentar e desenvolvimento nacional.

Entre os movimentos que participam da mobilização estão o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frente Nacional de Luta (FNL), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Social de Luta (MSL), Movimento Popular de Luta (MPL), Movimento Terra Livre, Movimento Via do Trabalho (MVT) e outros grupos que atuam na defesa dos direitos dos trabalhadores do campo.

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