Alagoas

MPAL acompanha investigação sobre conduta de policiais em confusão no Estádio Rei Pelé

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) anunciou que irá acompanhar de perto as apurações que serão realizadas pela Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) a respeito da conduta de policiais durante uma confusão ocorrida na noite do último sábado (16), no Estádio Rei Pelé, em Maceió. O incidente aconteceu durante uma partida válida pela Série C do Campeonato Brasileiro, e a situação gerou um tumulto generalizado, envolvendo policiais e torcedores.

Em nota, as Promotorias de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial (62ª PJC) e do Torcedor da Capital (37ª PJC) informaram que tomarão as medidas necessárias para assegurar que o episódio seja devidamente apurado. As investigações visam analisar se a atuação dos policiais foi apropriada ou se houve excessos durante a ação.

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O MPAL informou que pode solicitar o acesso às gravações das câmeras de segurança do estádio para entender melhor o que ocorreu antes, durante e após a confusão.

Além disso, o órgão vai checar quais equipamentos estavam sendo usados pelos policiais, incluindo armas de menor potencial ofensivo, como balas de borracha, para avaliar se sua utilização foi adequada à situação enfrentada.

A principal dúvida levantada será se a intervenção policial foi necessária, ou se os policiais agiram de forma excessiva, exacerbando o conflito. A investigação buscará entender se os policiais estavam respondendo a uma ameaça real ou se poderiam ter adotado outras abordagens.

O MPAL destacou que o acompanhamento das investigações será realizado de maneira transparente, com a expectativa de que o processo resulte em uma apuração justa e a responsabilização, se houver, dos envolvidos.

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Notícia de Fato

O MPAL também instaurou uma Notícia de Fato para acompanhar o desenrolar das apurações, que serão conduzidas pela Corregedoria da PM/AL, com o objetivo de garantir que a conduta dos agentes de segurança seja devidamente analisada e que, se necessário, medidas corretivas sejam tomadas.

O que houve

A partida entre CSA e Ituano, válida pela 17ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, ocorrida no último sábado (16) foi marcada pela violência dentro e fora do Estádio Rei Pelé, em Maceió. Torcedores do CSA relataram agressões por parte da Polícia Militar, mais especificamente do Batalhão de Choque. Imagens que circulam nas redes sociais mostram um policial agredindo brutalmente um torcedor, que foi encurralado durante a confusão.

A violência se espalhou pelas arquibancadas, com militares lançando bombas de efeito moral contra os torcedores, gerando uma grande correria e pânico. O CSA emitiu uma nota exigindo apuração rigorosa do incidente, destacando a importância do preparo adequado da segurança para situações como essa.

O clube também informou ter encaminhado ofício ao Governo, à SSP e à Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), reunindo relatos de outros torcedores, além de imagens divulgadas desde o domingo nas redes sociais e pedindo a adoção de medidas urgentes, como apuração rigorosa e adoção de medidas preventivas para impedir que os episódios se repitam.

Em resposta, a Polícia Militar informou que um indivíduo foi preso após agredir os policiais.

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Contudo, a situação não se limitou ao estádio. Fora do local do jogo, um coletivo foi atacado, supostamente por torcedores do CRB, que teriam disparado contra o ônibus, gerando pânico entre os passageiros, que pediam ao motorista para acelerar.

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