“Nas circunstâncias atuais, não é possível construir novos abrigos e as capacidades existentes, como o metro e os parques de estacionamento, devem ser utilizadas”, afirmou o membro do Conselho Municipal de Teerão Parviz Sarwari.
O Irão está sob ataque de Israel desde 13 de junho, e a capital, Teerão, tem sido participativamente atingida.
Os bombardeamentos causaram pelo menos 224 mortos e mais de mil feridos no Irão, que tem atacado cidades israelitas, incluindo Telavive, com um balanço de 24 mortos e mais de 600 feridos do lado de Israel.
Os ataques israelitas provocaram também a fuga de muitos dos nove milhões de habitantes de Teerão, o que gerou grandes filas de trânsito nas principais saídas da capital.
Sarwari, que é vice-presidente do Conselho Islâmico de Teerão, disse que a questão da utilização de infraestruturas como abrigos é da responsabilidade do Quartel-General de Gestão de Crises e do Ministério do Interior.
Referiu que o governo provincial estava do lado do município “a tentar preparar espaços como estações de metro, parques de estacionamento e outros complexos utilizáveis para emergências”.
Sarwari disse que devido às novas realidades da guerra “já não é possível confiar nos modelos tradicionais de construção de abrigos”.
Por isso, defendeu que “os gestores de crises do país precisam de planear e conceber medidas para proteger a vida das pessoas, tendo em conta os novos requisitos”.
O conselheiro disse que o público aceitou a medida, “com base em relatórios recebidos” pelo município, mas admitiu que a situação “possa ser acompanhada de dificuldades para alguns segmentos da sociedade”.
O presidente do Conselho Municipal de Teerão, Mehdi Chamran, informou no domingo os conselheiros de que tinha solicitado às autoridades nacionais um relatório sobre as medidas para proteger a população.
Chamran reconheceu na altura que “Teerão e outras cidades do país não dispõem de abrigos seguros e eficazes” e comparou com a situação na capital de Israel, que o Irão tem bombardeado desde 13 de junho.
“Embora a cidade de Telavive esteja sob bombardeamento pesado, tem poucas baixas humanas devido à disponibilidade de abrigos seguros. Realizam-se continuamente exercícios de defesa civil”, notou, também segundo a IRNA.
Chamran defendeu ainda que o Irão precisa de “soluções de engenharia baseadas nas atuais normas internacionais” e deu o exemplo da Suíça, que disse ter “abrigos resistentes à radiação nuclear”.
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