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Nunca adube essas plantas com borra de café

O uso de fundo de café no jardim tornou-se uma prática comum entre quem cultiva plantas em casa ou no quintal. Muitos enxergam nos resíduos do café uma alternativa sustentável para fertilizar o solo, repelir insetos e até melhorar a estrutura da terra. Apesar dos benefícios, é importante saber que nem todas as espécies vegetais reagem bem a esse tipo de adição orgânica.

Antes de incorporar os resíduos do café ao substrato, convém entender como eles agem no solo e quais plantas podem ser prejudicadas. O pH ácido e a tendência de compactação dos fundos de café podem criar condições desfavoráveis para algumas espécies, resultando em folhas amareladas, crescimento lento ou até apodrecimento das raízes.

Quais plantas não devem receber fundo de café?

Apesar de serem ricos em nitrogênio e compostos antioxidantes, os fundos de café podem alterar o equilíbrio do solo, principalmente em relação à acidez e à retenção de umidade. Algumas plantas são especialmente sensíveis a essas mudanças e, por isso, não devem receber esse tipo de resíduo.

  • Lavanda: Prefere solos alcalinos e bem drenados. O excesso de acidez e umidade pode levar ao apodrecimento das raízes.
  • Rosmarinho: Embora seja resistente, o rosmarinho não tolera substratos compactados e úmidos, condições favorecidas pelo fundo de café.
  • Pothos: Conhecido por sua rusticidade, o pothos pode ter o crescimento prejudicado se o solo ficar ácido demais.
  • Begônia: Sensível à umidade, a begônia pode desenvolver doenças fúngicas quando exposta ao excesso de água retida pelo fundo de café.
  • Orquídea: Necessita de circulação de ar nas raízes e substrato leve. O fundo de café pode bloquear a ventilação e causar problemas sérios.

Por que o fundo de café pode ser prejudicial para algumas espécies?

O principal motivo está na composição química e física desse resíduo. O fundo de café possui pH ácido, o que pode modificar o ambiente do solo, tornando-o inadequado para plantas que preferem condições neutras ou alcalinas. Além disso, a tendência de compactação dificulta o escoamento da água, aumentando o risco de apodrecimento radicular.

Outro fator relevante é a quantidade utilizada. O uso excessivo pode saturar o solo, reduzindo a oxigenação e favorecendo o surgimento de fungos. Por isso, mesmo para plantas que toleram alguma acidez, recomenda-se moderação e mistura com outros materiais orgânicos, como composto ou húmus de minhoca.

Borra de café – Créditos: depositphotos.com / Thamkc

Como identificar sinais de problemas causados pelo fundo de café?

Alguns sintomas podem indicar que o uso do fundo de café não está sendo benéfico para as plantas. Entre os sinais mais comuns estão:

  1. Folhas amareladas ou com manchas escuras.
  2. Crescimento lento ou estagnado.
  3. Solo excessivamente compacto ou encharcado.
  4. Odor desagradável vindo do vaso ou do canteiro.

Ao perceber qualquer um desses indícios, é recomendável suspender o uso do fundo de café e avaliar a saúde do substrato. Aeração, drenagem e equilíbrio do pH são fundamentais para o desenvolvimento saudável das plantas.

Quais alternativas naturais podem substituir o fundo de café?

Existem outras opções sustentáveis para nutrir o solo sem prejudicar as plantas sensíveis à acidez. Cascas de banana, por exemplo, são fontes de potássio, enquanto cascas de ovo fornecem cálcio. Porém o chá de urtiga é conhecido por seu efeito estimulante no crescimento vegetal. Assim essas alternativas podem ser utilizadas de forma complementar, respeitando as necessidades específicas de cada espécie.

Observar as reações das plantas e adaptar os cuidados de acordo com suas preferências é a melhor forma de garantir um jardim saudável. Cada espécie possui exigências próprias, e a atenção aos detalhes faz toda a diferença no cultivo doméstico.

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